Debate marca diferenças entre liberdade de expressão e discurso de ódio na Poli USP

Debate foi organizado pela Poli Negra no vão livre da Escola Politécnica da USP para discutir a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio

Fotos via facebook da Poli Negra

No 19/04 fui convidado para fazer parte de um debate sobre as diferenças entre liberdade de expressão e discurso de ódio, ‘Precisamos falar sobre Liberdade de expressão‘, organizado pelo coletivo Poli Negra, grupo formado por alunos negros da Politécnica que combate o racismo dentro do curso. O bate-papo foi no vão livre da Escola Politécnica de Engenharia da USP e reuniu um grupo de alunos que também puderam interagir com a mesa e fazer perguntas.

O objetivo do debate, segundo os integrantes do Poli Negra, foi o de fazer uma diferenciação entre liberdade de expressão e discurso de ódio, termos que geram muita confusão, principalmente quando o assunto é ligado a xenofobia, racismo e violência de gênero dentro do campus. Práticas que vão contra as normasinternacionais estabelecida pelos direitos humanos.

O bate-papo foi importante para deixar claro que liberdade de expressão é um direito. Direito de qualquer um manifestar livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por parte do governo ou de outros membros da sociedade, mas também para deixar claro que liberdade de expressão não um direito absoluto, portanto e que existem regras. E regras estas que diferem liberdade de expressão do discurso de ódio.

Segundo o site JusBrasil, ‘o discurso de ódio ocorre quando um indivíduo se utiliza de seu direito à liberdade de expressão para inferiorizar e discriminar outrem baseado em suas características, como sexo, etnia, orientação sexual, religião, entre outras.’

Fizeram parte da mesa de debates: Luka Franka, jornalista e uma das coordenadoras da Marcha das Mulheres Negras e do Movimento Negro Unificado; Renan Quinalha, advogado, militante de direitos humanos,  foi assessor da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo e atualmente é professor da Unifesp; e Rinea, rapper e membro do Partido Favela Brasil. E a mediadora foi Larissa Mendes, do coletivo Poli Negra.

Performance que aconteceu antes do bate-papo sobre a necessidade e o direito à liberdade de expressão (foto: Poli Negra)
Da esquerda para direita: Rinea, Luka Franka, eu, Renan Quinalha e a mediadora Larissa Mendes (foto Poli Negra)
Parte do público presente (foto Poli Negra)

 

 

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