Debate: Mídia e o padrão de estereótipos na cobertura de guerra às drogas

Debate marcou o encerramento da Campanha 30 dias por Rafael Braga

Fotos: Ana Luiza Voltolini Uwai – INNPD

No dia 29/06, eu, juntamente com Rosane Borges, pós-doutoranda em Ciências da Comunicação pela ECA, da USP, e o Pedro Borges, da agência de jornalismo Alma Preta, fizemos um debate bem interessante sobre ‘Mídia e o padrão de estereótipos na cobertura de guerra às drogas‘, que aconteceu no Aparelha Luzia, aqui no centro de São Paulo.

Esta atividade foi gratuita e fez parte da campanha por 30 dias de Rafael Braga, acão promovida no mês de junho por uma equipe multidisciplinar  de historiadores, jornalistas, relações públicas, advogados, educadores, criminalistas, sociólogos e afins, que se uniram para realizar uma campanha on e off-line para debater as questões que envolvem a prisão e as condenações do jovem Rafael Braga, único preso durante as manifestações de junho de 2013 por estar em posse de duas garrafas plásticas contendo produtos de limpeza.

A tônica do debate foi identificar e discutir sobre os vários estereótipos que reforçam o racismo e as desigualdades sociais e de gênero presentes nas coberturas das organizações de midia tradicionais, que ao defender os privilégios da elite econômica afim de manter a estrutura social que vem desde a época do império, criminalizam e desumanizam quem está à margem dos centros expandidos em suas coberturas, principalmente quando se trata da população preta, pobre e periférica.

Outra questão foi identificar também como essas questões estruturais de tratamento diferenciado entre corpos que podem ser expostos e eliminados, o negro e indígena, e corpos que devem ser poupados, o branco, se dão quando o assunto é o encarceramento em massa e sua principal ferramenta de triagem, que é a guerra às drogas.

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